sábado, 26 de abril de 2008

A arte de passar roupa

Aos poucos vou me aprimorando em certas coisas que as mães fazem. Passar roupa é uma delas. Hoje, depois de passar as roupas da Laura, saí de lá com duas lições que aprendi sozinha:

1ª - Devaneios estão proibidos na hora de passar roupa. Estraguei o silk de uma blusa da Laura porque passei o ferro em cima.

2ª - Nunca mais usar uma blusa que a minha madrinha deu pra Laura. É impossível de deixar totalmente lisinha.

Numa sexta-feira a noite qualquer

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Na cozinha

Nunca fui muito dada a chef de cozinha. Quando era uma simples universitária e morava com minha mãe fazia o básico: brigadeiro de panela e macarrão com sardinha (ou atum).

Uma das primeiras coisas que eu pensei quando fiquei grávida foi bem assim: Caralho, como vou fazer comida pra essa criança?

Num desses surtos minha mãe me ensinou a fazer arroz. Hoje faço um arroz que é uma maravilha, só arroz.

Talvez por esses meus “dotes culinários” que eu amamentei quase que exclusivamente por 6 meses.

E o dia da primeira papinha? Como irei fazer tal coisa... a pediatra mandou colocar 3 legumes, 2 verduras, folhas verdes, sal, um pouco de óleo de milho e um pedaço de carne (eca!) pra dar gosto. E qual a diferença de verdura e legume mesmo? Pode por tomate sendo que tomate é fruta?

Acabou que a primeira papinha foi só batata com sal, amassadinha. Ela nem comeu. Acho que nem eu comeria também. Foi quando resolvi ver a minha mãe fazer a comida da Laura pra eu poder fazer algo decente. Mas ela nunca comia direito.

Foi quando descobri que ela gosta de “comida de gente”: arroz, feijão, bife e se possível batata frita. Aí eu fui pra galera... minha salvação: Toitys! Meu marmitex preferido.

Hoje só faço uns legumes pra incrementar o “papá” dela.

Viva Toitys!

A seguir fotos de como fica a cozinha quando eu entro nela pra fazer a comida e a Laura liga o tsunami que existe dentro dela.


Foto panorâmica da cozinha, cabeça da Laura aparecendo ali escondida atrás da cadeira.

"Tsunami Bomb"

Ainda não entendi como ela abriu as portas de cima



segunda-feira, 21 de abril de 2008

A primeira viagem

Sim, ela viajou com minha sogra sexta-feira a noite. Eu fiquei, abandonada como um cão que caiu da mudança.

Disse que não iria chorar, segurei até o fim mas quando a vi balançando a mãozinha dando “tchau” toda sorridente... não agüentei. Disparei a chorar... e chorei!

Saí da rodoviária antes do ônibus começar a viagem, estava muito atordoada. Cheguei para pagar o estacionamento e a moça me disse: “É R$1,50” e eu não achava nenhuma moeda na minha bolsa enorme pois chorava que parecia que tinham arrancado um pedaço de mim, mas pensando por esse lado, a Laura é um pedaço de mim, ela foi feita por mim. O pai dela ajudou, lógico, mas só no começo, dando a sementinha, as outras 39 semanas foram comigo! Levaram um pedaço de mim pra passear!

Enfim, fiquei meia hora pra achar R$1,50 de dentro da bolsa, no fim peguei, coloquei tudo o que tinha dentro da bolsa no chão o povo passava e devia achar que eu estava chorando porque não tinha dinheiro ou sei lá, talvez eles já estejam acostumados com pessoas chorando na rodoviária.

Até agora (domingo de manhã) só tenho pequenas notícias dela porque minha sogra acha que se eu falar com ela vai haver uma choradeira danada. Mas ela perguntou de mim... sim! Ela lembrou que tem mãe, ou mamá, não sei.

Laura: Mamãe?

Vó: Tá na escola.

Laura: Há tá.

Já tentei pensar pelo lado bom, pude beber com amigos na sexta-feira, coisa que não fazia há anos, arrumar meu cabelo no sábado, passar o sábado na casa da Alzira, ex-professora do Pedro com seus projetos mirabolantes, dormir tarde, acordar pra ir num churrasco, beber com os mesmo amigos, fica bem feliz, amar todo mundo, pagar mico, pular na piscina de biquíni (uma coisa que eu não fazia há uns 5 anos, sem brincadeira), chegar em casa, tomar banho, dormir no tapete, sair pra ir no Habibs comprar esfihas, encontrar a minha melhor amiga, chegar em casa e ficar namorando meu marido.

Hoje, último dia de feriado, vou estudar, se alguém não me chamar pra beber pra rebater a ressaca.

Outra viagem da Laura, só ano que vem.

Laura dando "tchau"
Foto tremida porque já estava chorando


terça-feira, 8 de abril de 2008

Para entender o que Laura fala

A-há: rindo forçadamente
Aqui ó: Aqui ó (acredito eu)
Au au au: barulho que cachorro e gato (?) faz
Au au: cachorro
Bexu: beijo
Bibi: Abigail (cadela)
Brum brum brum: carro ou moto
Coco: cabeça
Cocó: galinha, pato, papagaio, periquito, coruja, ou seja, qualquer animal que tenha asas, inclusive morcego entra nessa descrição
Cocô: materiais fecais ou sujeira do chão
Mamá: mamãe ou leite do peito
Mamãe: mamãe ou leite do peito
Não não não: definitivamente não
Não: não
Neném: neném
Oi: método de sedução, ao falar “Ooooi” todos se derretem
Papá: comida
Papai: papai ou a foto do Henfil num dos livros que tenho sobre ele
Pé:
Pé: pega
Póo: tentativa de fazer um cavalo (pocotó)
Que que é is?: O que que é isso? (acredito eu que esse é o sentido dessa frase)
Qué: quero
Qué?: aceita?
Sisi: xixi
Uou uou uou: continuação da música que eu canto pra ela na hora do banho, que por acaso é a música do Ratinho do Castelo Rá-tim-bum a que ele toma banho, óbvio.

Depois venho com mais.

"Faz uma careta aí Laura"

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Não.


A palavra não e seu significado.

Laura parece não entender muito bem o significado da palavra “não”. Até alguns dias atrás eu falava “não” e fechava a cara e ela entendia, depois ela começou a fazer “beicinho” e assim eu começava a rir e dependendo da situação deixava ela terminar de brincar, melhor, bagunçar.

Essa semana, depois de 1 ano e 2 meses terminamos o quarto da pequena, agora está completo com um baú grande para os brinquedos, um cabideiro que também é um abajur e, o armário. Me livrei da cômoda que custava a abrir as gavetas, mas tem hora que sinto saudades dela.

Não posso deixar as portas abertas da casa que a dona Laura entra no quarto e vai direto nas gavetas fáceis de abrir do armário e tira toda a roupa guardada nas duas gavetas. Sento no chão e vou arrumando a gaveta e falando pra ela que “isso não pode, vai estragar as roupinhas lindas da Laura e ela vai sair pra passear toda feia quando precisar usar a roupa”, acho que ela entende, ri, me abraça e beija. Mas é só eu fechar a gaveta que lá vai ela de novo colocar tudo pra fora, aí eu zango e coloco ela na sala com as portas fechadas. Parece que ela sabe que fez algo errado e vem me abraçar e beijar. Acho que ela quer me comprar.

Não deixo ela me comprar com beicinho mais! Eu juro!

Laura com a roupa da mamãe

terça-feira, 1 de abril de 2008

Nunca gostei de rosa

Quando fiquei grávida sabia que ia ser mãe de menina e queria tudo lilás. Minha mãe, vocês vão ouvir muitas histórias e intrigas com a minha mãe por aqui, então, minha mãe, pra variar, não acreditava (ou acredita) em mim e achava que era menino.
Bão!
Vamos lá fazer o ultrassom e a Laura estava com as pernas cruzadas e não deu pra ver, depois de um mês, um mês descobrimos, enfim, que era menina. Dona Viviane (minha mãe) faz enxoval pra bebê, a doida “descambetou” a fazer tudo azul e de animais, porque caso fosse menino o “tema” ia ser floresta.
Beleza, depois que nasceu ela vendeu tudo e começou a fazer o tal tema lilás de borboletas. De vez em quando ela fazia algumas coisas rosas pra ver se eu agradava, mas não agradava. Queria fugir tanto do rosa quanto dos ursos. Tem uns ursos que ficam apavorantes em enxoval, parece mais pra assustar do que pra ficar bonitinho.
Uma semana antes de Laura nascer eu e Pedro ficamos doidos e pintamos uma parede do quarto de lilás, enfim, foi ficando tudo lilás, até as lembranças da Laura eu quis lilás, mas como eu não mando em nada minha mãe insistiu em fazer de todas as cores.
Não guardei nenhuma das 150 que ela fez porque não sei aonde foram parar, o povo achava tãaaao bonitinho que lavaram 2, 3...6 pra casa. Aliás, se alguém tiver uma me manda porque eu não tenho nenhuma de lembrança.
Voltando ao rosa, Laura ganhou roupa rosa até não poder mais, e eu já estava ficando muito enjoada disso, mas depois que ela nasceu eu vi que ela ficava bonita com qualquer cor, mas o rosa... ela ficava tão bonitinha, tão “combinante” com ela.
Cedi, hoje o quarto da Laura é lilás, branco e rosa. O baú e um cabideiro rosa-choque que minha sogra comprou essa semana fizeram uma integração muito boa com o lilás e o branco predominante.
Engraçado como nós somos seres versáteis. Hoje, meu blog é rosa, mas não muito.

Laura Tsunami* de rosa / Março/2008

*Depois explico o Tsunami